sexta-feira, 25 de março de 2022

Nossa FIV

Quando eu comecei a escrever esse texto, eu queria falar em analogias... sobre os sinais que vemos e os que apenas queremos ver... Tentando entender os acontecimentos do dia de hoje...

Não podemos mudar os fatos, também não importa quantos trevos de quatro folhas sejam desenhados e tatuados... Ou quantas joaninhas (um dos vários símbolos de fertilidade) eu veja na minha casa... E nem o fato de que só hoje eu vi 3 delas mortas... 

3 também é o número de Transferência de Embriões Congelados que eu já fiz... Nenhuma com sucesso!


Essa é a minha história... Essa está sendo a minha luta... E eu tô escrevendo para tirar ela de dentro mim e também explicar o porquê suas palavras de consolo carregadas de religiosidade e empatia de formiga significam menos do que bosta para mim, na real elas são ofensivas e revoltante para mim ... ainda mais quando eu expressamente pedi que não tentassem...


Não há nada para me dizer, não há possibilidades que não cogitamos e não... você não tem idéia do que tá rolando! Minha cabeça ainda não se acostumou com a quantidade de informações, tratamentos e diagnósticos que em março de 2021 sequer imaginávamos que existia...


Faz pouco mais de um ano que eu e o Renato estamos em tratamento, ativo, para tentar engravidar... Mas sejamos honestos, o corpo que faz o tratamento é o meu.

Entre algumas menstruações atrasadas e até um positivo (que agora é muito questionavel) estamos tentando desde 2018...  Nada significativo, mas os exames normais falavam que tá tudo bem... Com o único porém de que a minha tireoidite de Hashimoto, que eu sempre soube que tinha, estando fora de controle poderia estar atrapalhando…


Só é infertilidade depois de 2 anos de tentativas, batemos nessa marca no auge da pandemia... Protelamos ir num especialista na esperança de tempos melhores quanto ao Covid e me dando tempo de controlar a tireoidite...

2021 chegou e assim como para todo mundo, a vida precisava retornar…


Em março de 2021 veio o meu primeiro diagnóstico: endometriose, no primeiro exame: CA125, um exame de sangue simples e coberto pelo plano de saúde... Eu com TODOS OS SINTOMAS desde 2002 e só em 2021 e a busca pela gravidez ele é pedido... 

Veio também um diagnóstico para o Renato: baixa mobilidadede seus espermatozóides... Junto veio mais alguns para mim: antimuleriano baixo (1,17 considerado baixo para uma mulher de 40, eu tinha 33) e aderência nas duas trompas. 

Conclusão simples, crua e muito dolorosa: Meus óvulos velhos não chegam, e se chegam, chegam tarde, no meu útero e não conseguem ser fertilizados pelos espermatozóides que não se movem do meu marido... O único caminho que resolvia isso tudo era Fertilização In Vitro…


Eu sou de humanas, mas números, estatísticas e ciência no geral me acalmam... Acompanhem meu ano em números, datas e fatos: 


•março 2021: com o diagnóstico em mãos e com medo de mais uma notícia ruim vinda do mesmo médico, procuramos uma segunda opinião... Nada de novo... 


•abril: aprendemos que o tempo agora se baseia em ciclos menstruais…


•maio/junho: uma data para a coleta de óvulos... mas tem a preparação, os remédios são orais, vaginais e subcutâneos... fora todos os comprimidos que tomei e coloquei foram 40+ injeções aplicadas em mim pelo Renato... Infringir dor em alguém é horrível, eu vi isso no rosto dele...

A coleta em si é quase uma tortura da inquisição espanhola: para cada folículo ovariano estimulado e crescido com mais de 20mm uma agulha é colocada pela parede da vagina, indo até o ovário, furando o folículo e extraindo o líquido interno e possivelmente o óvulo microscópico estará junto... Fazem isso dos dois lados, para pegar os dois ovários... Eu estava anestesiada/sedada, eu morro de medo de anestesia e sedação pois sempre volto delas com reações adversas e efeitos colaterais médios...

Foram 45+ óvulos retirados, quase 35 maduros, 30 conseguiram ser fertilizados... E no final 15 embriões... Com notas boas! Um alívio na verdade...

Mas como foram muitos óvulos: síndrome da hiperestimulação ovariana... Não pudemos transferir nesse momento, devemos esperar mais um ciclo... Mas tudo bem esperar eu tava passando muuuuuuuuuuito mal da extração... Eu não conseguia me levantar, dor no peito e nos ombros, febre, meu ventre 3 tamanhos de calça maiores do que o meu normal, afinal eu tive duas romãs como ovários por um tempo, e esse espaço foi preenchido por líquidos que não deviam estar lá, um processo inflamatório que fez eu sentir a minha pleura…


•julho/agosto: a vacina de Covid veio para a minha faixa etária... Tomei sem dúvidas, mas isso significava mais um tempo sem transferir... Esperar um mês inteiro pós a segunda dose da vacina…


•setembro: TEC (transferência de embrião congelado) 2 embriões colocados sem biópsia... Pois somos um casal jovem e nada que indique maiores investigações... Uma montanha russa de emoções 10 dias depois com os resultados do Beta HCG: inconclusivo, positivo e depois negativo... Toda essa emoção em menos de uma semana... Próximo ciclo…


•outubro: TEC 2 embriões com biópsia, foram biopsiados 3... Resultado 2 euplóides e 1 anaeuplóide com alterações em 3 pares diferentes... O resultado foi um BetaHCG indetectável...

Bora para o próximo ciclo mas melhor fazer um exame ERA (já explico)


•novembro/dezembro: exaustos, preferimos dar uma pausa, um fôlego, parar de pensar nisso por um instante... 3a dose da vacina de Covid batendo na porta, tentar aproveitar o natal, as datas de recesso das clínicas e laboratórios não são respeitadas pelo meu ciclo menstrual... Algumas mudanças estruturais na clínica... Era o lógico a se fazer... Então uma vez parados bora adiantar e fazer vários exames que só faríamos mais tarde…


•janeiro/fevereiro de 2022: o exame ERA (significa Endometrial Receptivity Array e mede o dia de melhor receptividade do meu útero) precisa ser feito com todos os medicamentos que se toma para a transferência... Estradiol e Progesterona... E aí em vez de colocar os embriões retiram uma parte do endométrio e fazem biópsia... Dói muito, é frustrante e caro... A coleta é feita na clínica, e tem mulheres que preferem ser anestesiada/sedadas, mas o meu medo é grande e eu fiz sem... foi menos ruim do que eu imaginei, porém ainda doeu. A análise é feito na Espanha e o laboratório é um pouco desorganizado com as datas do resultado, um ciclo menstrual se passou sem eu poder transferir, pois não soubemos a tempo se eu devia ou não começar com os hormônios...

O que deixou ainda mais frustrante todo esse processo de fazer esse mega invasivo exame de mais de R$2k foi o resultado vir que estávamos transferindo os embriões no dia correto... Porém é melhor um exame que diga que o protocolo está correto do que a dúvida de estarmos fazendo no dia errado...

Saiu nessa época os exames de sangue (daqueles que adiantamos para fazer durante a nossa pausa de fim de ano) com análises genéticas e mais notícias ruins surgiram: células nk alteradas, sistema imunológico exacerbado, alteração de trombofilia... Tudo individualmente não impede... Mas tudo junto... Mau sinal...

Sempre queremos ser especial, mas nunca queremos que nosso médico ache isso de nós: Ouvir do seu médico que poucos são os casos que fogem do esperado e tiram o sono dele, mas esse caso estava realmente desafiador e intrigante de porque não estavamos conseguindo, afinal somos um casal jovem, sem nenhuma indicação de nada (ele não disse com essas palavras exatamente...) Mas que ele ia (e foi) discutir o caso com um grupo de estudos que ele faz parte e vamos achar o melhor plano de ação foi horrível e bom ao mesmo tempo... Bittersweet na mais pura glória dessa palavra!

Ainda mais quando a resposta de familiares e amigos para meus comentários tímidos (honestamente... fazia um tempo, meses na verdade, que eu não falava sobre o assunto com muita gente) sobre esses resultados são aqueles que descrevi no começo: palavras de consolo vazias, carregadas de uma religiosidade que eu não compartilho, demonstração de empatia de formiga e com pressa para que o assunto siga seu rumo e a pessoa volte a ser o centro das atenções...

Mesmo os embriões colocados sendo bons, e eu tomando todos os remédios as células nk provavelmente estão matando e impedindo a implantação desses embriões dentro de mim... O sistema imunológico também faz isso... O problema da tireóide, mesmo sob controle, que eu tenho desde os 11 anos também tem a sua cota nisso... Finalizado com o chantilly de tendência para trombose... Num grande milkshake de problemas que me impede de ter uma implantação embrionária...

Precisamos de todas as armas possíveis, foram muitas emoções, muito desgaste emocional, muitos choros, muitas sessões de terapia em casal falando sobre nossos planos e esperanças... E sejamos honestos: muita grana gasta até aqui! 


•março: nossas armas e apostas: 

- colocar 2 embriões, pois aumenta a chance de implantação de pelo menos 1...

- biopsiar os embriões (biopsiamos 4 para ter certeza de colocar 2 uma vez que da última vez um tava muito alterado - os 4 são/eram euplóides e assim recongelamos 2... E sim custa mais dinheiro recongelar)

- Estradiol via oral (dose grande que me deixa emocional, chorosa e sensível fisicamente)

- Progesterona parcialmente via oral e parte via vaginal (via oral me deixa com sono quase narcoleptica como efeito colateral, via vaginal além de ter que ser colocada pelo Renato em um momento de intimidade desnecessária, escorre e incomoda de uma maneira que só adeptas do freebleeding conseguiriam sequer imaginar... fora que honestamente aquilo parece cimenticola ao derreter) 

- corticóide via oral (para diminuir a resposta imunológica e as células nk) o remédio tem o pior gosto que eu já senti na vida!

- AAS via oral como anticoagulante leve para a tendência a trombose (eu não sabia que tinha uma opção com sabor de morango e peguei uma sem gosto)

- ácido fólico via oral porque faz bem como pré gravidez

- intralipid via intra venosa (esse é um tratamento relativamente novo contra as células nk... São ácidos graxos que confundiriam elas... Deve ser misturado com soro intravenoso, demora 3 a 4 horas para ser totalmente aplicado, eu fiz 2 aplicações, cada aplicação custa menos de 1,5k mas ainda assim é uma das possibilidades mais baratas contra células nk)

- acupuntura com foco na receptividade uterina... Eu honestamente sempre fui muito cética com essa parte da medicina... Acredito que é uma ciência, mas sempre fui mais inclinada a optar pela medicina ocidental... Mas como falamos em usar *todas* as armas... Bora lá... Foram 9 sessões de acupuntura ao longo de 3 semanas de preparo endometrial, TEC e espera pelo prazo de poder fazer o BetaHCG... 

-Uma sessão de drenagem linfática para me ajudar com os sintomas de todos os remédios citados acima

A acupunturista que indicou essa drenagem e fez várias outras  observações e instruções que modificaram todo o meu modo de viver em coisas que eu não sei classificar... Mas tipo eu devia me manter fisicamente aquecida nos pés, ventre e mãos... Evitar ar condicionado, ventiladores, bebidas e atos refrescantes (bebidas geladas, andar descalça entre outras coisas)... No calor do Senegal que temos agora aqui em SP...

- fitoterápicos e floral (honestamente eu tinha e tenho as minhas ressalvas com isso pois já trabalhei com pessoas que falam a palavra "holística" mais vezes do que deveria ser permitido por lei... Mas quando eu pensei todas as armas, eu pensei TODAS as armas!!)

- mudança alimentar... A acupunturista indicou toda uma mudança alimentar, baseada em Natureza Térmica dos Alimentos que honestamente eu ainda não entendi completamente até agora o que eu posso ou não comer, o que eu considero saudável (tipo saladas) não está no hall de coisas que eu posso... mas o Renato e minha mãe se encarregaram de verificar e escolher isso... (Muito obrigada <3) 

A mudança alimentar também incluiu eu totalmente parar de consumir cafeína... Eu que tenho uma cafeteira italiana tatuada... Parei instantaneamente com café, chás preto e verde, Coca cola, refrigerantes no geral, também leite e queijo e diminui o chocolate para uma única barra (dividida a prazo com o Renato) desde o início da acupuntura... 


Nos levando a hoje: 10 dias após a TEC, o dia do BetaHCG... 

>0.100 mUI/mL

Isso é uma medida fresca para: indetectável... Novamente...

Não foi, não deu, não... 


Eu sei que eu falei que não tinha rolado lá no começo então meio que esse final já estava esperado! Mas além tudo que já escrevi... agora eu me sinto culpada por esse final broxante, não tem uma virada de esperança... Uma lição de moral, uma mensagem motivadora... Nada! Esse texto não é para isso!


(Honestamente não sei para que é esse texto... Ele ficou grande demais para eu esperar que alguém o leia... Mas se você estiver lendo: obrigada por chegar até aqui!


Talvez ele esteja fazendo você criar mais empatia, ou mesmo pena e dó, por mim agora...


Ou ele está fazendo você perceber que seu bebê no seu colo agora deveria te irritar, cansar ou entediar menos do que o que você reclama no whatsapp... - sim, se não ficou óbvio o bastante eu vou soletrar: uma amiga minha disse para mim que estava entediada ao amamentar o próprio filho... enquanto eu passo por isso tudo que eu descrevi ela me disse isso... Sendo que ela tirou o diu, engravidou e pariu, tudo depois de eu iniciar todo esse processo... Ela tbm, ainda grávida, me falou que eu não deveria engravidar em meio a pandemia por que um dos sabe-se-lá-o-nome-dele do ministro da saúde daquela semana disso isso numa entrevista! Ah, a falta de noção!- 


Ou não, esse texto não te impactou em nada, afinal a fome na África não alivia a vontade de comer, nem a guerra na Europa não diminui a insegurança aqui no Brasil.

E mesmo um texto emocionante - que pode não ser o caso, já que estava cheio de dados e informações- não muda a atitude das pessoas...


Eu acho mesmo que as únicas pessoas que vão chegar nesse ponto do texto são mulheres que também estão passando, ou passaram pela FIV...  Espero que nem que seja por Schadenfreude -felicidade na miséria do outro- vocês fiquem felizes que a luta de vocês está/foi mais fácil que a minha... E de todo o meu coração e alma eu espero que esteja/seja/tenha sido mais fácil que a minha!!)


Ainda temos 8 embriões congelados, 2 deles já biopsiados e apesar de (nova informação!) o descongelamento e recongelamento poder causar danos a eles... Eles seriam a melhor opção para a nossa próxima tentativa... Mas a questão é que... Não aguentamos mais!


Já gastamos mais dinheiro que muitos carros 0Km... Numa situação financeira que literalmente precisou envolver uma herança para ser possível (para mim)... Estamos sem grana, sem stamina, sem capacidade mental, emocional e financeira de continuar tentando! 


Precisamos parar, e não sabemos nada sobre a nossa próxima tentativa... 


Nossa vida foi colocada de lado dos mais simples detalhes até as coisas mais gigantes e significantes para esse tratamento... Coisas que eu não citei antes como:

- durante o preparo para a coleta e para as transferências, além dos remédios eu fazia de 3 a 4 ultrassons transvaginais por semana para saber da evolução dos ovários e do endométrio...

- escolhas profissionais: como sair de um emprego que eu adorava, mas que absolutamente não era compatível com o tratamento e se manter em um emprego com um horário louco (Renato) para nos manter em benefícios e o salário inflado... 

- intimidade como casal completamente abalada entre agulhadas e colocação de remédios, misturado com só poder transar em períodos pré-aprovados pelo médico... 

- estresse de eu tomar várias bombas de hormônios me deixando com o humor mais variante que pêndulo de relógio

- total incerteza do futuro, mesmo de curto prazo: não dá para planejar as férias, ou planejar ir visitar amigos no feriado, por que além da pandemia, não sabemos em que parte do tratamento vamos estar daqui a 20 dias...

- mesmo antes da acupuntura minha vida era guiada pela possibilidade de eu estar grávida ou não, ou do quão avançado tava o preparo: e com isso saber se eu posso comer sushi, álcool, tomar analgésicos, anti inflamatórios... 

-Também tendo que me controlar no nível de estresse... Morando em um prédio velhos, na cidade de São Paulo, no Brasil, no meio de uma pandemia mundial... Tarefa fácil!


Apenas neste ano de tratamento intenso, porque eu vou conscientemente ignorar os quase 3 anos anteriores de tentativas... eu tive que sorrir em meio a notícias de gravidez de vários casais, que mesmo eu amando muito eles, foi muito difícil... Ouvir, claro, familiares perguntando quando vem o bebê, e isso piora depois que sabem do tratamento... Por que às vezes eles fazem questão de te falar da prima do tio do vizinho só relaxou/rezou/desistiu e puff engravidou... Eu também peguei no colo bebês fofinhos, também aprendi a amá-los, mas que são um lembrete de que eu não consigo fazer um desses... Sem ou com ajuda, aparentemente... Ouvi mais notícias de gravidez, porque algumas pessoas que eu amo são férteis para um caralho e engravidaram de novo... E por mais que eles tenham sido super delicados e preocupados comigo e como me contar, ainda dói... 


Dói também ver o quanto mulheres inférteis são vilanizadas nas histórias de ficção... E como esse arco nos classifica como amarguradas e muitas vezes a única redenção delas é adotar uma criança, ou aceitar a punição de serem terra seca e infértil... (Mas isso daria outro texto... Que não estou preparada em referências e nem emocionalmente para escrever agora)


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Yaga & Trefor


This wedding day will be just one more chapter of your lifetime modern fairy tale! 

Once upon a time a pretty witch. She lived in the german part of Switzerland… but she always wanted to know the whole world.

Once upon a time a badass guy. He born in somewhere in the United Kingdom. Lived down under, and following his childhood dreams he arrived in Zurich.

Her smile can make your pain go away, and her voice is the sweetest. She speaks slowly if you need, she can even speaks with her hands. 

His hair is very silky and used to be long… most of the time it was braid. He looked like a knight, but with a lot of piercings in his ear and a very serious face. 

There is lots and lots of things that remind me of her: flower, trees, bees… and some colors she used to wear.

And there is lots and lots of other things that remind me of him: science, computers, animations... and some foods he used to cook. 

I would say she learned how to be a witch in some books, and learned how to be awesome talking with everyone and everything… 

I have to say that his accent made me took a long time before I could fully understand him. I was not used to and he didn't talked so much.

Being so sweet make you think that she might not me a witch… some times you can confuse her with a princess… but the able to fight with swords kind of princess.

Being smart as he is make some people arrogant and not nice with others. But he is not like this, he is a very good listener… sometimes reader, once our talks were in the internet.

They met each other in Zurich, in a party… we will never know why… but with all the topics in the world … they talked about frogs' names! Maybe they got nervous, or maybe that's how it supposed to be…

What happened after that until love I don't know… maybe nobody knows. Not even them.

They are very different. And seeing them from far is quite hard to understand. It's hard to point what makes them being so perfect together!

Their lives were different but they had the same goals. So they lived together, they travel together! ...They even build a house together! 

Life is always changing ...and the house was not even ready when they started a new adventure. A new life. They went to France, and after that to Glasgow…

And now they are going to USA… and they are getting married. They are choosing to stay together. Or maybe that is not even a choice... 

That's love!
 <3 

I am so happy in being a tiny part of it… I'm happy just in knowing about this awesome and cute and sweet history! 
I love you!